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8 perguntas para Anitta
Publicado em 24/05/2021

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Estrela comenta o que mudou de 2016 – quando começou seu salto global – e a “nova apresentação” ao mundo de “Girl From Rio” e fala sobre seu próximo grande feat com um astro internacional

Por Alessandro Soler, de Madri

Há exatos cinco anos, em maio de 2016, a UBC publicou uma reportagem de capa na sua Revista sobre o programado salto internacional de Anitta. O plano não tinha mistérios – o que não quer dizer que fosse simples: unir uma bem construída estratégia de marketing em redes sociais a uma equipe afinada e altamente especializada em gestão de carreiras, apostar nas parcerias com grandes e emergentes nomes da música latina e anglo-saxã, cantar em inglês e espanhol, projetar o funk globalmente sem deixar de incorporar elementos do reggaeton, do pop e de outros gêneros em voga internacionalmente. Tudo com supervisão pessoal de cada processo pela própria estrela. 

De lá para cá, o caminho foi trilhado de forma cuidadosa, mas sem se deter. E culminou há pouco menos de um mês com uma espécie de “nova apresentação” de Anitta ao mundo: o single “Girl From Rio”, embrião do próximo álbum dela que, baseado na melodia de “Garota de Ipanema” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), mistura bossa nova, trap e outros gêneros num tipo de pot-pourri sonoro que é a cara da carioca – tida na Europa, nos Estados Unidos e na América Latina como o nome mais potente do pop brasileiro. 

VEJA MAIS: O clipe de “Girl From Rio”

Para analisar o que mudou de 2016 para cá e falar sobre seu momento atual e o que virá pela frente, fizemos uma entrevista exclusiva com Anitta. “Só quem passa pelo o que eu já passei nessa trajetória sabe do que estou falando. Sofrer preconceito pelo ritmo que você canta, por ser mulher etc. É incrível ver que outros países valorizam nosso trabalho também”, ela diz.

O que há de diferente entre aquele momento de expansão de 2016 e este de agora?

ANITTA: As coisas hoje estão mais claras e organizadas internacionalmente. Tenho a gravadora, um manager e uma equipe me dando suporte no exterior. Foi quando decidimos ser a hora de criar esse álbum lindo que estamos fazendo com tanto carinho. E escolhi "Garota de Ipanema" (como base do single "Girl From Rio") porque o Brasil é dono de uma pluralidade incrível de mulheres, cada uma com seu poder, sua beleza e representatividade. “Garota de Ipanema” é a música brasileira mais famosa do mundo. Eu gostaria que o mundo soubesse de um Rio de Janeiro sob outra perspectiva por meio dessa melodia que marcou gerações.

Seguramente foi um grande esforço logístico e de produção. Pode nos contar um pouco sobre isso?

Com certeza foi. Tivemos dois sets de filmagens para o clipe. Um em estúdio e o outro no Piscinão de Ramos (na Zona Norte do Rio). É sempre cansativo gravar clipe. Uma correria doida e muita gente trabalhando. Nesse caso, foi divertido demais porque estava num lugar com que me identifico e com meus pais e irmãos.

Haverá versões em português de algumas das canções do disco? Como acha que será a aceitação do público brasileiro a um álbum seu todo em outros idiomas?

Meu público curte minhas músicas em inglês e espanhol de toda forma! Eles gostam de cantar junto e tudo! Foi assim até com um recente feat que fiz em italiano. Eu amo! E haverá funk também, sempre! 

Como se sente sendo uma das grandes divulgadoras no exterior do funk, talvez o gênero mais internacional do Brasil na atualidade?

Me sinto muito bem em ser uma dessas representantes. Só quem passa pelo o que eu já passei nessa trajetória sabe do que estou falando. Sofrer preconceito pelo ritmo que você canta, por ser mulher etc. É incrível ver que outros países valorizam nosso trabalho também.

Capa do single: exaltação à brasilidade e às belezas do Rio que vão além da Zona Sul

 

As suas composições são sempre assinadas por você e outros talentos. Como é o processo criativo? Você entra sempre com as ideias?

Eu tenho uma ideia de música, escrevo uma letra, pode ser que alguém queira colaborar com algo nela, e então partimos para a produção. Boa parte da melodia já está na minha cabeça. Os produtores captam esse desejo, e dá certo.

Qual a importância de assinar as suas próprias composições para a validação da sua voz, do seu próprio discurso, naquilo que canta?

É isso. Quando você escreve suas próprias canções fica mais fácil falar sobre algo que deseja. Mas não necessariamente é o único caminho. 

Como surgem as oportunidades de parcerias com grandes nomes do pop internacional (entre eles, Madonna, Snoop Dogg, J Balvin, Becky G, Major Lazer, Maluma, Cardi B, Iggy Azalea)? Você se envolve nesse processo? Está sempre de olho em novidades e novas cenas?

Sim, me envolvo. Hoje nem tanto por causa do meu manager. Eu adoro música, então estou sempre de olho.

Pode nos contar qual é o próximo grande feat em que está trabalhando? 

(Uma nova parceria com) Maluma.

 

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