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Serviços de streaming superam os canais por assinatura na audiência brasileira, durante a pandemia
Publicado em 02/06/2021

O Instituto QualiBest mostra as mudanças do mercado de tela impulsionadas pela pandemia

Do Rio

Os serviços de streaming, como Netflix, Amazon Prime Video e Disney+, desbancaram os canais da TV fechada durante a pandemia no Brasil, de acordo com a pesquisa do Instituto QualiBest.  A análise, que aconteceu entre dezembro de 2020 a março de 2021, mostra que 66% dos entrevistados disseram ser assinantes de entretenimento on demand e apenas 40% afirmaram utilizar canais fechados. O levantamento não surpreende o mercado, que se mostra cada vez mais atraído pelas plataformas de streaming.

A pesquisa mostra que os serviços on demand estão revolucionando o mercado de telas. Mais de um terço dos entrevistados (37%) contaram que já foram assinantes de canais a cabo, mas que, atualmente, não utilizam o serviço. Dos que mantiveram o plano de assinatura de TV, 24% reduziram o pacote que tinham por mais simples.

Além disso, a usabilidade dos dispositivos móveis é um fator determinante na escolha das plataformas de vídeo para 75% dos participantes. Cerca de 81% afirmou que assiste entretenimento em tela pelo smartphone, onde a TV paga não tem força.

“A pesquisa aponta para um fenômeno fundamental que estamos vivendo hoje, em que o consumidor está claramente mais disposto a pagar por um serviço de streaming do que por uma assinatura de TV – e por vários motivos: além de serem multitelas, as plataformas oferecem uma flexibilidade de assistir filmes e séries muito maior do que a televisão. Essa é uma vantagem fundamental que elas possuem e que, por isso, devem mantê-las na frente da concorrência por muito tempo”, analisa Daniela Malouf, diretora geral do Instituto QualiBest.

A pesquisa também ressaltou a diferença de adesão de acordo com as classes sociais. Mesmo que nas classes A, B e C o streaming já domine, a discrepância percentual é nítida. Na classe A, 71%  afirma possuir TV por assinatura e 87% paga por streaming. Na classe B, 75% dos entrevistados dizem fazer uso dos serviços on demand, enquanto 44% assinam TV a cabo. Já na classe C, 52% aderiu ao streaming e 27% possui canais fechados, uma diferença de 25%.

Mesmo que a Netflix ainda seja a líder do ramo de streaming, com mais de 71% de adesão, as novas plataformas, como Disney+, Prime Video e Globoplay, já não passam despercebidas pela audiência. A consequência disto é o aquecimento do mercado com plataformas mais competitivas.

 

Reprodução: Instituto Qualibest


 

 



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