Com calendário de vacinação esperançoso, Prefeitura assegura a realização dos maiores eventos da cidade
A presidente da RioTur, Daniela Maia, garantiu neste domingo (23), o que o prefeito da cidade, Eduardo Paes, já havia comunicado: o Rio de Janeiro terá festa de Ano Novo e Carnaval em 2022. A confirmação deve-se à visão otimista da Prefeitura com a vacinação em combate ao Covid-19 no Rio. O cenário otimista renova as expectativas da retomada do setor artístico e de eventos.
Com o avanço no cronograma da vacina contra o novo coronavírus, mesmo que devagar, a esperança para o retorno dos eventos de grande público aumentou. Até o presente momento, a cidade do Rio vacinou cerca de 1,7 milhão de pessoas, com a primeira dose, o que representa 26% da população. Entre os idosos, a cobertura contra a pandemia já é de 97%.
A Prefeitura pretende concluir a imunização de todos os adultos com comorbidades e dos grupos prioritários ainda neste mês. O calendário de vacinação da cidade também promete que, até o final de outubro, 90% dos adultos estejam vacinados com pelo menos uma dose.
Com isso, Eduardo Paes e Daniela Maia já idealizam as festas mais populares do Rio de Janeiro e sem plano B.
“Trabalhamos para um grande réveillon, com surpresas inéditas. Não tem plano B. Óbvio que tudo pode mudar, se algo acontecer. Mas a ideia é termos vários palcos, além dos de Copacabana. Estamos contando mais ou menos dez, para não aglomerar totalmente na Avenida Atlântica. Serão palcos com apresentações bacanas, fogos, tudo que podemos dar ao carioca. Eles ficarão em lugares que já sabemos que funcionam e em outros novos, como um na Barra, que não vai ser na praia.”, conta Daniela para o jornal O Globo.
A presidente da RioTur também acrescentou: “Se vai ter réveillon, terá carnaval. E será o melhor de todos. Vamos realizar um sonho de anos: trocar a iluminação da Sapucaí. Será de LED, e a conta de luz vai reduzir, digamos, 60%. Os equipamentos estão chegando, e daqui a 15 dias fazemos um teste.”
A retomada dos grandes eventos é muito aguardada pela classe artística, que sofre com a crise econômica e os prejuízos causados pelos cancelamentos e adiamentos. Há mais de um ano, trabalhadores do setor de eventos vivem com o sentimento de incerteza e dúvida sobre quando poderão recomeçar as atividades.
O mercado era responsável por movimentar, anualmente, R$ 250 bilhões em eventos corporativos e R$ 17 bilhões em eventos sociais. Em uma tentativa de remar contra a maré, muitos aderiram aos novos formatos que ganharam força, como eventos híbridos, festas em casa e/ou online e “drive-in”, mas as perdas são irreparáveis.
Com a pandemia, apenas 8% dos eventos estão ocorrendo; 40% das empresas mudaram o modelo do negócio; 60% encerraram as atividades e 95% registraram queda brusca de faturamento.