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Indústria fonográfica mundial cresce 7,4% em 2020
Publicado em 23/03/2021

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Receita da música gravada alcança US$ 21,6 bilhões, no sexto ano consecutivo de expansão e apesar da pandemia; Brasil tem salto de 24,5%, movido pelo streaming, e segue liderando com folga a América Latina

De Londres*

A indústria fonográfica – ou, em outras palavras, toda a música gravada globalmente – teve um salto de 7,4% nas suas receitas em 2020, sexto ano consecutivo de expansão, apesar da forte crise do setor cultural derivada da pandemia de Covid-19. Os dados foram publicados nesta terça-feira (23) pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês), entidade que representa gravadoras e selos mundo afora. O total gerado por esse importante segmento do mercado musical foi de US$ 21,6 bilhões. 

No Brasil, de acordo com o relatório, o crescimento foi consideravelmente maior que a média planetária, com um aumento de 24,5% nas receitas – ou US$ 306,4 milhões gerados. Estes números põem o país em 11º lugar na lista dos principais mercados globais para a música gravada. 

Tanto no Brasil como no resto do mundo, o grande motor de expansão foi o streaming. As receitas com as versões premium das principais plataformas de áudio musicais subiram 18,5% mundialmente e 28,3% no país. Globalmente, são 443 milhões de assinantes que pagam por seus serviços de streaming, e o streaming total (sejam assinaturas premium ou baseadas em anúncios) gerou à indústria US$ 13,4 bilhões, 62,1% de toda a música gravada em 2020. 

A expansão do streaming no nosso país foi tal que ambas as modalidades de assinaturas se viram beneficiadas. O Brasil se tornou o terceiro maior mercado mundial de usuários com assinaturas baseadas em anúncios, atrás apenas dos Estados Unidos e da China, após um crescimento de 92,8% nessa modalidade em apenas um ano. E, no caso das assinaturas pagas, já figura no quinto lugar em número de assinantes, tendo respondido por quase metade do crescimento de toda a América Latina. 

Igualmente como lá fora, o segmento de mídias físicas continua a cair ano a ano. Só em 2020, a redução foi de 34,3%, e as receitas geradas com a venda de CDs, DVDs, LPs e fitas cassete, entre outros formatos físicos, somaram pouco mais US$ 900 mil no Brasil, ou 0,3% do total da música gravada.

Para o executivo chefe da IFPI, Frances Moore, o poder de “consolo e cura” da música ficou evidente durante a pandemia. Não à toa, as pessoas buscaram nas gravações musicais uma saída para melhorar seu humor pelo confinamento e as perdas de tantas milhares de vidas mundo afora. 

“Alimentada pelo constante investimento das gravadoras nas carreiras dos artistas, além dos esforços para ajudar os criadores a levarem música aos fãs de novas maneiras, a música gravada teve um grande crescimento global em suas receitas, pelo sexto ano consecutivo e puxada pelo streaming pago. À medida que as gravadoras continuam a se expandir geograficamente, a música se torna mais conectada globalmente do que jamais esteve antes, alcançando todas as regiões”, ele afirmou. 

Alguns dados do mercado internacional:

  • A América Latina se manteve como a região com maior crescimento anual (15,9%), com o Brasil como líder inconteste: 39,3% de toda a receita da região. O streaming latino-americano cresceu 30,2% e respondeu por 84,1% da receita geral com música gravada na região. 

  • A Ásia cresceu 9,5%, e os ganhos com o digital ultrapassaram, pela primeira vez, a barreira de 50% das receitas da região com música gravdada. Se não fosse pela queda de 2,1% no Japão, a Ásia teria tido um salto 29,9% no tamanho do seu mercado fonográfico em 2020, superando a América Latina em percentual de expansão. 

  • Apresentada como uma região geográfica própria pela primeira vez num relatório da IFI, África & Oriente Médio tiveram crescimento de 8,4% em relação a 2019. O streaming já responde por 36,4% das receitas dos países dessa zona. 

  • As receitas na Europa, segundo maior mercado mundial, se expandiram 3,5%, com um forte aumento dos ganhos no streaming de 20,7%. 

  • Maior mercado global, Estados Unidos & Canadá, juntos, tiveram crescimento de 7,4% em 2020. 

*Com informações da IFPI

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