Série da UBC sobre como tirar o melhor das redes traz a plataforma francesa de streaming musical que tem no Brasil um dos seus principais mercados
Do Rio
Com coisa de 16 milhões de usuários e sete milhões de assinantes pagos nos diversos países em que atua, a plataforma de streaming musical francesa Deezer tem no Brasil um dos seus principais mercados. Oferece soluções como a possibilidade de entrar para uma playlist “infinita” cujo algoritmo pode ser usado para melhorar a posição de um single, álbum ou artista nas listas de mais executadas, entre outros recursos que a tornam atrativa para o criador independente.
Na semana passada, Bernardo Bassin, gerente de marketing artístico da Deezer no Brasil, participou de uma longa live com Marina Mattoso, diretora-executiva da Jangada Comunicação, uma agência especializada em estratégias de marketing e redes de diversos artistas. No bate-papo, ele destrinchou várias boas maneiras de usar a Deezer ao seu favor. E nós a contamos para você na série da UBC que, esta semana, mostra como explorar as principais redes e plataformas — da Twitch ao TikTok, do YouTube ao Spotify — que são parada obrigatória para artistas musicais hoje em dia.
Confira:
“Fazer uma playlist pessoal é uma excelente maneira de começar sua trajetória na Deezer. Ao criar a lista e misturar a sua música às de artistas com perfil semelhante, você começa a educar o algoritmo sobre a categoria na qual você se insere. Mas não basta fazer a lista e deixá-la ali. É preciso um bom trabalho junto à sua base de fãs, nas redes sociais, nos canais que você usa para se comunicar com eles, para que vão até o seu perfil na Deezer e deem um like. Assim, os fãs vão ajudar a melhorar a sua posição”, explica Bernardo.
“E a Deezer permite replicar playlists de outras plataformas, o que é uma mão na roda para o artista independente que não tem tempo para ficar criando várias, cada uma num lugar (como Spotify, Apple e outras)”, completa Marina.
Outra boa estratégia, segundo Bernardo, é criar playlists para efemérides e datas divertidas — Dia das Bruxas, Dia das Crianças —, incluindo sempre sua música ali. Não tem custo e ajuda a bombar a audição, chamando a atenção dos editores das playlists editoriais.
Explore a ferramenta Mood - Músicas para malhar, para trabalhar, para começar o sábado... O leque é variado e permite setorizar a playlists e fazer com que as pessoas que a consomem entendam que o seu trabalho está relacionado àquele universo. Segundo Marina, é importante fazer recortes ao classificar a sua música: rock para crianças, por exemplo: “Hoje é fácil ser nicho, com a internet. Antes era difícil, a gravadora precisava investir para criar o nicho. Agora ele está aí, é só chegar às pessoas.”
Ferramenta Backstage – Ainda em implantação para todos os artistas da Deezer, essa funcionalidade dá a visão numérica de como a música está indo dentro da plataforma. Oferece informação similar à já disponível no Spotify For Artists, do Spotify. Tem dados das playlists em que a sua música foi incluída, o tipo de pessoa que a está escutando, o número de streams... Se você já tem acesso, não perca tempo e explore todos esses dados, que o ajudarão a planejar melhor lançamentos e estratégias de divulgação. “O mundo é dos dados hoje”, resume Bernardo.
Use o Pre-save - O pre-save é uma ferramenta para disponibilizar um link para o lançamento de uma determinada música na conta dos fãs antes mesmo do lançamento oficial. É um lembrete de que aquele conteúdo será entregue em determinada data e gera buzz. Use-o junto com o link fire, que é um agregador de plataformas que muitos artistas usam num lançamento. Geralmente, as próprias agregadoras ou distribuidoras digitais fornecem esse serviço. Através dele, dá para gerir o lançamento em mais de uma plataforma, não só na Deezer, o que é excelente como estratégia unificada.
Direitos autorais
A Deezer tem contratos com as principais gravadoras, selos e agregadores digitais para pagamento de direitos fonomecânicos. Além disso, também já existe um acordo com o Ecad para o pagamento de execução pública. No momento, apenas os direitos autorais são contemplados na execução pública, e não ainda os direitos conexos (de intérpretes, músicos acompanhantes e produtores musicais, por exemplo).
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