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UBC lança 2º relatório 'Por Elas Que Fazem a Música'
Publicado em 08/03/2019

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Participação feminina sobe acima da média em 2018, mas se mantém na faixa dos 14% do total de associados; jovens de 20 a 29 anos são as maiores arrecadadoras entre as mulheres

Do Rio

Pelo segundo ano consecutivo, a UBC apresenta neste Dia Internacional da Mulher (8 de março) o relatório "Por Elas Que Fazem a Música", com dados sobre a participação feminina no nosso quadro de associados. E os números mostram que, apesar do crescimento acima da média geral, elas ainda estão muito aquém do espaço que lhes corresponde. 

LEIA MAIS: O relatório completo

Em 2018, o número de associadas subiu 15%, contra 13% do total geral. Mesmo assim, elas se mantiveram na faixa de 14% do conjunto de filiados. E, dos cem maiores arrecadadores, apenas 9 eram mulheres — sendo as versionistas (22%) e as intérpretes (15%) as que conseguiram as mais expressivas participações percentuais, se comparadas aos homens, no conjunto das suas categorias. A pior participação (apenas 3%, contra esmagadores 97% de homens) é a das produtoras musicais, o que mostra uma necessidade urgente de abrir esta importante área de criação à visão e à atuação femininas.

Um dado positivo é uma tendência que mostra maior presença de mulheres jovens na arrecadação, o que aponta para uma renovação de longo prazo e sustentável. Às associadas de 20 a 29 anos couberam 23% dos rendimentos gerais das mulheres, maior percentual. As associadas crianças e adolescentes de até 19 anos ficaram com 5% do bolo distribuído às mulheres; as de 30 a 39 anos, com 22%; as de 40 a 49, com 21%; as de 50 a 59, 18%, e as de 60 a 69, 8%. Dois porcento dos rendimentos femininos foram para associadas falecidas ou que carecem de informações etárias. 

Mais do que elencar números — que, embora referentes ao cadastro na UBC, refletem, sem dúvida, a desigualdade de gênero no mercado como um todo —, o objetivo do relatório é provocar reflexão. “É manter a discussão, tão relevante, sobre o papel da mulher na música e na indústria criativa como um todo. Sem elas criando, compondo, atuando, a gente perde um potencial criativo enorme. Levantar esses números, manter esse debate na ordem do dia, são maneiras de incentivar uma redução na diferença de gênero que existe não só no mundo da música mas em praticamente todas as áreas da economia”, afirma Elisa Eisenlohr, gerente de Comunicação da UBC e coordenadora do projeto. “Não esperamos uma mudança drástica a curto prazo nesses percentuais e nesses dados, mas queremos dar visibilidade a uma justa bandeira.”

Dentro do projeto "Por Elas Que Fazem a Música", a UBC gravou uma série de entrevistas nas quais grandes criadoras deram depoimentos sobre a representatividade da mulher no universo musical. Delia Fischer, Fernanda Abreu, Letrux, Mahmundi, Rita Benneditto, Marina Elali e Lilian compartilham suas histórias pessoais, suas lutas e suas reflexões, e os melhores momentos foram reunidos por nós num vídeo que você pode ver no nosso canal no YouTube

LEIA MAIS: No relatório do ano passado, os dado da disparidade: eles recebem, em média, 28% mais e são 90% dos maiores arrecadadores

 


 

 



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