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Artistas brasileiros geraram R$ 1,2 bilhão no Spotify em 2023
Publicado em 29/04/2024

Número foi revelado por Roberta Pate, líder de negócios da companhia no Brasil; 70% das distribuições foram para o mundo independente

Do Rio

Artistas brasileiros geraram receitas de R$ 1,2 bilhão no Spotify em 2023, um crescimento de 27% em relação a 2022 - e mais de quatro vezes a cifra de 2018. Não menos importante: 70% de todo esse dinheiro tiveram relação com criadores ou gravadoras independentes.

Os números foram divulgados nesta segunda-feira (29) numa entrevista de Roberta Pate, líder de negócios do Spotify Brasil, ao portal UOL. Nela, Pate afirmou que os artistas nacionais escutados pela primeira vez na maior plataforma de streaming do mundo somaram 10 bilhões de streams, o que denota uma grande renovação.

“Setenta porcento (de tudo o que repassamos para os artistas brasileiros) foram para independentes. Então, é muito significativo que a gente tire a concentração (de receitas) do topo da pirâmide e comece a realmente distribuir isso para a classe artística descentralizada”, afirmou Pate ao UOL.

No mundo todo, o Spotify pagou US$ 9 bilhões (R$ 46 bilhões) à classe artística em 2023, segundo seu mais recente relatório anual, divulgado na semana passada. No primeiro trimestre deste ano, a plataforma voltou a ter lucro, de € 197 milhões (R$ 1,1 bilhão), um de seus melhores resultados para um período de três meses e uma recuperação frente ao prejuízo líquido de € 225 milhões (R$ 1,23 bilhão) no mesmo período de 2023.

Já o número de usuários cresceu 19% em 2023, chegando a 614 milhões mundialmente. Apesar do crescimento, o número ficou ligeiramente abaixo dos 618 milhões esperados pelo mercado. Por isso, nos últimos cinco dias, as ações da gigante sueca na Bolsa de Nova York vêm caindo quase 5%.

MAIS FORÇA INDEPENDENTE

Não é só no Spotify que o mundo independente vem dando mostras de grande aquecimento nos últimos trimestres. O mercado global de edição musical independente movimentou em 2022 € 2,43 bilhões (R$ 13,42 bilhões), um crescimento de 16,8% em relação ao ano anterior. Os números, que traduzem a exuberância do setor de edição — com a multiplicação das sincronizações em filmes e séries, além de negócios variados de licenciamento ligados ao digital — foram o destaque da quarta edição do relatório Visão Global do Mercado, elaborado pelo Fórum Internacional dos Editores Musicais Independentes (IMPF).

Apresentado na quinta-feira passada (25) durante a Assembleia Geral da entidade, que reuniu as principais editoras independentes do planeta em Dublin (Irlanda), o documento celebra o aquecimento do mercado ligado às letras de canções, as autorizações de regravações e outras oportunidades potencializadas pelo avanço sem freios do streaming. O crescimento do digital em determinadas regiões — Ásia, África e América Latina, sobretudo México, Peru, Colômbia e Brasil — se soma ao panorama de consolidação dos mercados mais maduros, fazendo prever crescimentos contínuos do segmento de edição independente para os próximos anos. 

 

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